"Durante o caminho, destroçou-lhe a alma a certeza quase absoluta de que nunca poderia expressar, nem com alusões, ainda menos com palavras, e sequer em pensamento, os momentos de felicidade fugaz que tinha consciência de haver alcançado. Essa certeza a acompanhou, como uma nova dor secreta, ao longo do caminho de volta."
-Enrique Vila-Matas, em Suicídios Exemplares - também conhecido como O Livro de Contos Mais Incrível de Todos os Tempos.
Às vezes, durante essas longas, longas madrugadas, juro que penso que minha cabeça vai explodir de tanto pesar, imaginar e idealizar; de tanto tentar dormir e não conseguir; de tanto ansiar. Quero sair correndo, falar com todo mundo, me esconder embaixo das cobertas. Do nada sinto alegrias inexplicáveis, que partilham lugar com nostalgias vindas sei lá de onde.
E a coisa continua assim até mais ou menos quando o Sol está nascendo - que é a hora em que eu começo a tirar fotos e querer escrever, e querer sair de casa, e querer cozinhar. E fazer panquecas americanas, porque são perfeitas pro café da manhã. Até eu me lembrar de que, pois é, eu não sinto fome de manhã. Mas um café sempre cai bem. E depois da terceira xícara, aquele pouquinho de sono que estava se formando vai indo embora.
No geral, são noites/madrugadas muito produtivas, quando tenho as melhores ideias, escrevo os melhores textos, consigo sentir uma puta emoção numa simples nota musical... É.
E eu sinto falta de ter alguém comigo nessas horas. De ter conversas filosóficas pelo msn (sim, msn, porque eu sou muito quadrada pra me acostumar com o feici) durante essa madrugada infinita, de dar risada por motivos idiotas e de dar "boa noite" quando todo mundo está acordando.
Acho que eu funciono errado, gente. E sinto falta de alguém pra funcionar errado comigo. Pelo menos às vezes.
A foto é de um pôr-do-sol lindo, de aproximadamente cinco mil anos atrás. Eu sei que ficaria melhor um nascer do sol, nesse caso. Mas deixa assim mesmo. (Aliás, ninguém provavelmente verá um pôr-do-sol desse lugar novamente. Agora ali tem um shopping gigantesco, que só produz sombras ;\)
-Ida inesperada a uma loja de ferramentas; -Casquinha de chocolate; -Tentativa de roubar a rede alheia pra sair do Tédio Supremo; -Conversas confusas e nada animadoras; -Dois dias procurando meu videogame, gentilmente ESCONDIDO/JOGADO FORA pela minha mãe; -Dores de cabeça; -E o mais incrível de tudo: o router que queima DO NADA.
É, é só eu decidir passar o fim de semana quietinha em casa pra isso acontecer. Em compensação, dormi tanto, mas tanto, que acho que acumulei pra semana toda (o que significa, por outro lado, que a noite vai ser compriiiida...ai, ai).
Acho engraçado a maneira como as coisas geralmente acontecem comigo, mais ou menos assim: se está tudo bem em casa, as coisas na escola estão desandando. Se as coisas estão bem na escola, eu provavelmente parei de falar com alguém de que gosto muito (seja por minha opção ou não). De qualquer forma, o que eu quero dizer é o seguinte: quando alguma coisa dá incrivelmente certo pra mim, acontece algo que vai contra. Simples assim.
Sim, estava tudo muito bem e agora... não exatamente. Não, esse não é um post melodramático e cheio de mimimis. Sério.
Olha só, minhas notas em matemática nunca foram tão altas, meu TCC está andando, consegui um estágio - sim, pasmem. E devo dizer que nem foi numa oficininha chula por aí. Muito pelo contrário. Realização define -, voltei a falar com quem estava me fazendo muita falta, li muitos livros incríveis e estou muito empenhada no meu (futuro) livro... E, enfim... Daí algo de errado tem de acontecer, porque senão, não é digno da vida da Luana aqui.
Mas o mais engraçado de tudo isso? Eu não estou tão mal assim - pasmem novamente, porque mais difícil que a Luana arranjar um lugar que a empregue é a Luana não estar numa fossa completamente absurda, como era de se esperar. Assim, numa boa? Estou bem. Não bem, bem, mas ainda sim. No final das contas, vai ser melhor assim. Chega uma hora em que muito drama e falta de consideração cansam a gente, e não importa o que se faça, algumas pessoas simplesmente não mudam - inclusive eu, mas deixa pra lá.
É, já era tempo de amadurecer mesmo.
Então, resumindo o estado da minha vida agora: Durmo três horas por noite, vivo na base da cafeína (e do omeprazol, porque, né? Gastrite me tem nas mãos), vou pro estágio, vou pra escola de noite - que é muitíssimo melhor que a escola de manhã, já que à noite eu estou muito acordada e atenta... ou quase - leio muito no metrô/ônibus, estudo pro vestibular e tento dar conta de fazer minha parte do TCC e escrever. Além disso, tenho sérias esperanças de passar de ano sem recuperações e de ter mais de uma semana de férias.
E sabe do que mais? Estou adorando cada detalhe.
(ok, talvez eu não esteja adorando tanto assim as aulas de metodologia, administração e projeto... e talvez eu precise de mais horas no meu dia...e de um estômago melhor. É, definitivamente.)
E, sim, eu sei que devia escrever e me empenhar mais por aqui, mas... Bom, a preguiça me domina, vocês sabem. Nada posso fazer quanto a isso. E agora eu ainda posso falar que não tenho tempo, porque é verdade, gente. Então desculpa aí.
Já que eu escrevo mal mesmo e você chegou e leu até aqui (ou não), dê play e escute mil vezes, pq essa música é perfeita. Em vários níveis de perfeição.
Abri a caixa de postagem sem nenhuma ideia do que poderia postar. Só sei que estou doida pra escrever, contar um milhão de coisas, desabafar, reclamar... enfim.
O pequeno problema é só não ter, como sempre, pauta. Apesar de estar sufocando de vontade de escrever. Faz dias, na verdade.
Então tá. Vamos falar sobre alguma coisa.
Hoje eu tive minha primeira aula de Artes em ANOS. O pior é que não é exagero, juro. Desde 2008 eu não tive contato com a matéria. Então, pode-se imaginar minha felicidade ao saber que teria de fazer leituras de quadros, pensar a respeito de obras nunca antes vistas etc. Vou te contar uma coisa, estou meio enferrujada. Mas essa é de longe (junto com Português) a matéria que eu mais pretendo aproveitar nesse "final" de curso.
Além disso, hoje fiz outra coisa qe não fazia há tempos: comi Pringles de salsa e cebola. Ok, parece besteira, mas comer pringles sempre deixa meu dia mais feliz. :D
Idiotices à parte, vamos às reclamações (como sempre, hahaha): hoje é dia 9 de março e eu não sei se passei de ano ainda. \õ/ E viva a (des)consideração da direção - ou seja lá quem mais estiver por trás disso - da minha tão querida escolinha. Aguardemos boas notícias.
Ai ai ... Outro dia ainda passo pra dar meu padecer sobre como é estudar à noite. Mas, por enquanto, só vou parar de encher linguiça mesmo. Um beijo na testa de cada um.
Escutando Legião Urbana se sentindo meu coração se despedaçar.
Sentindo meu coração se despedaçar não por que as músicas são tristes - embora alguma sejam mesmo - mas por saber que quem fazia essas músicas não está mais aqui.
E por saber que ninguém mais vai conseguir escrever e cantar tão bem quanto ele. Ninguém antes, ninguém durante... E ninguém depois.
"-(...) Possuo um entendimento realista das minha forças e fraquezas. A mente é a minha arma. Meu irmão tem a sua espada, o rei Robert, o seu machado de guerra, e eu tenho a mente... E uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar se quisermos que se mantenha afiada (...) É por isso que leio tanto."(Página 92)
Não aguento mais comer papinha de bebê e sorvete, ô porra.
Quero comer tudo que eu não posso - ou seja, tudo o que não é sopinha e sorvetinho.
A dor melhorou, meu rosto não está inchado at all (obrigada, Senhor...), e só posso dizer que não foi nada em comparação ao que as pessoas que já extrairam esses benditos dentes me disseram.
Aliás, muito bonito ficar tocando o pavor na Luana, hein ? Maldade, galera. Maldade pura. >_<
sábado, 12 de novembro de 2011
A dor está chegando, como eu previ.
Tenho sorvete de limão, então vai ficar tudo bem... é.
