segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E de repente,

não mais que de repente, as lembranças me invadem.

Sinto falta dele comentando sobre meus olhos, sobre meu cabelo, sobre meu sorriso;
Sinto falta dele citando meus livros preferidos;
Sinto falta dele cantando comigo;
Sinto falta dele reconhecendo meus temores pelo timbre de minha voz;
Sinto falta dele me dizendo o quanto eu fiz falta um dia;
Sinto falta da risada dele;
Sinto falta da voz dele;
Sinto falta até mesmo de seu modo se respirar;
De seu modo de me cortejar;
De seu modo de fugir;

Mas, acima de tudo, sinto falta dele.


Talvez por que, em tão pouco tempo, ele tenha conseguido me conhecer melhor que muitas pessoas que me conhecem há uma vida toda. Talvez por que eu nunca encontrei (e não, não creio que vá encontrar) alguém tão parecido comigo quanto ele. Talvez por que, com ele, eu podia ser eu mesma, tão facilmente que chegava a ser ridículo. Talvez por ele ter sumido tão rápido e deixado esse gosto salgado de saudades. De fato, a razão não importa. Como disse o outro, a razão nada tem a ver com isso.




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