sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Às vezes

Às vezes, durante essas longas, longas madrugadas, juro que penso que minha cabeça vai explodir de tanto pesar, imaginar e idealizar; de tanto tentar dormir e não conseguir; de tanto ansiar. Quero sair correndo, falar com todo mundo, me esconder embaixo das cobertas. Do nada sinto alegrias inexplicáveis, que partilham lugar com nostalgias vindas sei lá de onde.

E a coisa continua assim até mais ou menos quando o Sol está nascendo - que é a hora em que eu começo a tirar fotos e querer escrever, e querer sair de casa, e querer cozinhar. E fazer panquecas americanas, porque são perfeitas pro café da manhã. Até eu me lembrar de que, pois é, eu não sinto fome de manhã. Mas um café sempre cai bem. E depois da terceira xícara, aquele pouquinho de sono que estava se formando vai indo embora. 

No geral, são noites/madrugadas muito produtivas, quando tenho as melhores ideias, escrevo os melhores textos, consigo sentir uma puta emoção numa simples nota musical... É.

E eu sinto falta de ter alguém comigo nessas horas. De ter conversas filosóficas pelo msn (sim, msn, porque eu sou muito quadrada pra me acostumar com o feici) durante essa madrugada infinita, de dar risada por motivos idiotas e de dar "boa noite" quando todo mundo está acordando. 

Acho que eu funciono errado, gente. E sinto falta de alguém pra funcionar errado comigo. Pelo menos às vezes.

A foto é de um pôr-do-sol lindo, de aproximadamente cinco mil anos atrás. Eu sei que ficaria melhor um nascer do sol, nesse caso. Mas deixa assim mesmo. (Aliás, ninguém provavelmente verá um pôr-do-sol desse lugar novamente. Agora ali tem um shopping gigantesco, que só produz sombras ;\)

Um comentário:

  1. Me identifico com a sua escrita.
    Belas palavras... ou melhor.. belas as palavras que escolhe.
    Me recorda um livro: "Martha Medeiros - Coisas da Vida"

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